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Páginas Amarelas entra em segundo PER e quer romper acordos com a PT

A Páginas Amarelas (PA) deu ontem entrada com um novo Plano Especial de Revitalização (PER), cuja petição já foi aprovado pelo tribunal, para assegurar a sustentabilidade. Fonte oficial da empresa adiantou ao Diário Económico que "a Páginas Amarelas tem em marcha um processo de revitalização, estando empenhada em trabalhar com os seus parceiros para conseguir criar uma situação em que seja possível assegurar a geração de valor a longo prazo para todos os stakeholders: clientes, colaboradores e ex-colaboradores, parceiros e accionista".

Fontes próximas da empresa adiantaram ao Económico que existe inclusive uma private equity interessada em assumir a maioria do capital e dessa forma assegurar o futuro da empresa estando "disponível para investir entre 3 a 4,5 milhões de euros", mas para que isso aconteça é necessário que os acordos celebrados no âmbito do primeiro PER, com a Portugal Telecom sejam revistos.

Segundo fontes próximas ao processo, a Páginas Amarelas tem um contrato de agenciamento com a PT e segundo o qual entrega à operadora 10% das suas receitas. E será esse acordo que está a fazer com que a PA enfrente constrangimentos de tesouraria.

As mesmas fontes asseguram que "os acordos celebrados fazem com que a PT além de receber uma importante fatia das vendas efectuadas pela PA, controla os recebimentos e a tesouraria". Adicionalmente, a "necessidade de efectuar o pagamento das compensações a ex-trabalhadores consome o fundo de maneio, reforçando a pressão existente", referem as mesmas fontes.

Ainda segundo as mesmas fontes a "sobrevivência da Páginas Amarelas está nas mãos da PT", uma vez que é "necessário a resolução ou renegociação dos contratos com a PT, de forma a garantir a sustentabilidade da operação, mas existe uma dificuldade da PT em tomar decisões estratégicas face à conhecida alteração em curso na sua estrutura accionista". A Páginas Amarelas emprega actualmente 120 pessoas.

Contactada a Portugal Telecom não quis comentar. Fontes próximas da PT garantem no entanto que "as dificuldades da Páginas Amarelas resultam do incumprimento que a própria está a fazer relativamente ao primeiro PER, visto que uma das premissas deste era um aumento de capital de 2,5 milhões de euros e que não foi realizado". O primeiro PER a que a empresa recorreu foi assinado, em Julho de 2013, pelos principais credores da empresa - a CGD e a PT. A PT que também participou no processo negocial para a entrada do novo investidor era simultaneamente accionista da PA, detendo uma percentagem de 20%, cabendo os restantes 80% ao fundo MCFG.

A Páginas Amarelas é detida, desde Fevereiro de 2014, pela Norshare uma empresa sedeada no Porto. Apesar destes constrangimentos a Páginas Amarelas garante que é uma empresa viável tendo fechado 2014 com vendas de 18 milhões de euros e resultados líquidos positivos superiores a 300 mil euros, invertendo as perdas registadas em anos anteriores.

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