Estado opta pela insolvência do grupo sucessor do BPN
Rejeição do processo de recuperação do grupo Galilei pode juntar mais 1320 milhões de euros ao buraco do BPN
A Parvalorem, o maior credor da Galilei (antiga Sociedade Lusa de Negócios que era a dona do BPN até à sua nacionalização), chumbou esta sexta-feira o Processo Especial de Revitalização (PER) da 'holding', empurrando-a para a insolvência.
A equipa de gestão da Galilei manifestou uma "profunda incompreensão perante a 'não aprovação' do PER da empresa".
A administração da Galilei considera que o chumbo do PER "impossibilita o Estado e os obrigacionistas de recuperar uma parte significativa de créditos [que a Parvalorem estima em 1320 milhões de euros] e coloca em causa os cerca de mil postos de trabalho".
Perante este cenário, o Conselho de Administração da Galilei irá trabalhar desde já na elaboração de um Plano de Recuperação para o grupo", adianta a nota dos responsáveis da empresa enviada à Lusa.
Segundo a Galilei, "as empresas do grupo continuarão a laborar normalmente como até à data".
O PER tem como finalidade permitir ao devedor que esteja numa situação economicamente difícil ou em situação de insolvência iminente, mas que ainda seja passível de ser recuperado, negociar com os credores com vista a um acordo que leve à sua revitalização.
Encontram-se em situação económica difícil os devedores que enfrentem sérias dificuldades para cumprir pontualmente as suas obrigações.
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