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Mais de 25 mil desempregados em 2014 vieram de empresas em insolvência

As empresas que pediram insolvência em 2014 já tinham despedido mais de 25 mil pessoas e cortado nos salários entre 2011 e 2015, avança um estudo citado pelo jornal Público. Quase 30% das empresas eram do sector do comércio.

Ao todo foram 4.594 as empresas que declararam insolvência durante o último ano e que entre 2011 e 2013 cortaram 365 milhões de euros em salários e despediram mais de 25 mil pessoas, gerando uma quebra de 73% do valor total das remunerações pagas nesse período.

O estudo desenvolvido pelo Instituto Informador Comercial, uma consultora de gestão e crédito, mostra que o processo de insolvência das empresas é antecedido por quebras no rendimento das famílias dos funcionários, fornecedores e serviços contratados e até o Estado, ao nível da diminuição do volume das receitas fiscais.

O volume de negócios foi afectado em dois mil milhões de euros, uma queda de 82%, que representou a perda de cerca de 467 milhões de euros em receitas de IVA para os cofres do Estado.

A maioria das empresas insolventes, mais de 1.300, operava na área do comércio e de reparação de automóveis. A área de construção foi o segundo sector mais afectado, com 931 empresas. A indústria transformadora surge como o terceiro maior sector afectado, com mais de 700 empresas a declararem insolvência.

Sob um outro ângulo que desagrega as áreas de actuação das empresas, a actividade mais representativa do total do número de insolvências é atribuída à construção de edifícios.

Lisboa, Porto, Sintra e Vila Nova de Gaia são os concelhos com mais empresas insolventes. Apesar de se registar já uma redução do número de insolvências, em Portugal este é ainda 298% superior ao registado antes do início da crise, em 2007. As previsões feitas pela Crédito y Caución na última terça-feira, 8 de Setembro, estima uma leve melhoria para 2016.

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